sexta-feira, 6 de março de 2015

Às vezes choro ...


Não vos vou falar do número de mulheres que todos os dias são vítimas de violência doméstica… mas posso-vos falar da angústia que tenho todos os dias ao ouvir as notícias.

Felizmente não conheço ninguém nessa situação, pelos menos que eu saiba disso, ou pelo menos até ontem ter ouvido que uma em cinco mulheres é vitima de violência doméstica (eu disse que não falava de números…mas é tão mais forte que eu…). Revolta-me qualquer tipo de violência, mas mais revolta me dá saber que a nossa mentalidade é tão pequenina, que não nos permita muitas vezes ver para além das nossas quatro paredes … Que história é essa do” entre o marido e a mulher ninguém mete a colher ?” …que pequenez de espirito é a nossa que podemos até pensar  “ela(e) merecia” … com que direito não olhamos com mais atenção para os sinais de quem nos rodeia … e acima de tudo, porque razão se demora tempo a tanto a agir nestas situações ? …

Às vezes choro, só de pensar na angústia com estas mulheres vivem (digo mulheres, pois 85% das vitimas são mulheres… eu sei, voltei a falar de números) … às vezes choro por pensar nos sonhos desfeitos de todas elas… na falta de amor e acima de tudo na sua impotência para agir … Às vezes choro quando percebo ao que sujeitam os seus filhos e acima de tudo ao que se sujeitam a si … Ontem, depois de uma reportagem que vi na SIC, chorei… chorei muito ao ouvir os testemunhos de cada uma das vitimas … e mais chorei quando os meus filhos depois de assistirem comigo à reportagem, me perguntaram:

“ – Mãe … e como é que as mulheres sabem, antes de se apaixonarem (casarem/ namorarem/juntarem/…) que os seus maridos vão ser maus ? ” …

E o problema é mesmo esse … não sabem …
 
Por isso deixo aqui um desafio !
No dia 29 de Março, quem alinha ir comigo fazer a 12ª Corrida de Solidariedade ISCPSI/APAV? Vejam tudo  aqui ! 
(não precisamos de ir a correr… também há uma marcha para as família!)

 
 
 

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