sábado, 4 de maio de 2013

Tenham um excelente dia ❤❤❤

Encontrei este texto noutro blog que costumo seguir e não resisti em roubar (sou um ladrão em consciência e avisei que ia roubar!) ... É que é tão verdadinha...


Ninguém tem pena das pessoas felizes. 

Os Portugueses adoram ter angústias, inseguranças, dúvidas existenciais dilacerantes, porque é isso que funciona na nossa sociedade. 
As pessoas com problemas são sempre mais interessantes. Nós, os tontos, não temos interesse nenhum porque somos felizes. Somos felizes, somos tontaços, não podemos ter graça nem salvação. Muitos felizardos (a própria palavra tem um soar repelente, rimador de «javardo») vêem-se obrigados a fingir a dor que deveras não sentem, só para poderem «brincar» com os outros meninos. 

É assim. Chega um infeliz ao pé de nós e diz que não sabe se há-de ir beber uma cerveja ou matar-se. E pergunta, depois de ter feito o inventário das tristezas das últimas 24 horas: «E tu? Sempre bem disposto, não?». O que é que se pode responder? Apetece mentir e dizer que nos morreu uma avó, que nos atraiçoou uma namorada, que nos atropelaram a cadelinha ali na estrada de Sines. 

E, no entanto, as pessoas felizes também sofrem muito. Sofrem, sobretudo, de «culpa». Se elas estão felizes, rodeadas de pessoas tristes, é lógico que pensem que há ali qualquer coisa que não bate certo. As infelizes acusam sempre os felizes de terem a culpa. É como a polícia que vai à procura de quem roubou as jóias e chega à taberna e prende o meliante com ar mais bem disposto. 

Em Portugal, se alguém se mostra feliz é logo suspeito de tudo e mais alguma coisa. «Julgas que é por acaso que aquele marmanjo anda tão bem disposto?», diz o espertalhão para outro macambúzio. É normal andar muito em baixo, mas há gato se alguém andar nem que seja só um bocadinho «em cima». Pensam logo que é «em cima» de alguém. 

Ser feliz no meio de muita gente infeliz é como ser muito rico no meio de um bairro-de-lata. Só sabe bem a quem for perverso. 
Infelizmente, a felicidade não é contagiosa. A alegria, sim, e a boa disposição, talvez, mas a felicidade, jamais. 

Porque a felicidade não pode ser partilhada, não pode ser explicada, não tem propriamente razão. 
Não se pode rir em Portugal sem que pensem que se está a rir de alguém ou de qualquer coisa. Um sorriso que se sorria a uma pessoa desconhecida, só para desabafar, é imediatamente mal interpretado. Em Portugal, as pessoas felizes sofrem de ser confundidas com as pessoas contentes. 

Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas

Tenham um excelente dia ❤❤❤

Nós por aqui estamos em modo preparativos para comunhão, jantar em família e muita confusão ( que parola ...até rimei!!!).

Ahhhh...e querem saber a melhor...hoje vamos deixar o Lino, o Tino e a Lola no jardim...ou num canteiro...ou na rua...é que está tanto calor ( se não está, há-de estar!) que os bichos dentro da caixa não passam bem...a rua é mais arejada...e tem outros bichos...e podem ir á vida deles...também gostavam de estar fechados numa caixa de sapatos ? 



5 comentários:

  1. Parece que há mais famílias adoptivas de bichos da seda. Será moda entre os miúdos?! :S http://paisdequatro.clix.pt/2013/04/quem-foi-o-gajo-que-inventou-os-bichos.html Beijinhos.

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  2. Sim, confirmo. Há mais famílias adoptivas de bichos da seda. Algumas ainda estão em fase de negociações.

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  3. Só mais uma coisa. Alguém me pode explicar porque é que sempre se comento um blog tenho de provar que não sou um robot? Há por algum acaso robots malvados àvidos de comentar blogs?
    Ah! Já agora, gosto do blog e prometo que sou humana.

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  4. Ahahahahah! É verdade!
    Obrigada ! Bjs

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